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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Milão, 16, 17 e 18 de maio de 2025.

Santa Ceia de Leonardo da Vinci - Cenácolo Vinciano

Chegamos em Milão na sexta-feira, dia 16, pelo aeroporto de Malpensa. É o principal da cidade, e não tão perto. Foi necessário um trem (€13/pessoa) até a estação central. Para alcançar o trem, bem fácil, basta seguir as placas com figurinhas de trem.

Duomo de Milano!

Nosso hotel, bastante agradável, o NYX Leonardo, foi estrategicamente escolhido para estar ao lado estação. Excelente localização, e na zona tem hotéis para todos os bolsos. Descemos do trem e em cinco minutos estávamos fazendo check-in.

Uma das principais razões de virmos a Milão nesta viagem foi ver nossos sobrinhos, Felipe e Carolina, que estão vivendo aqui. Felipe é torrador em uma pequena rede de cafeterias, que tem nos cafés especiais o seu foco. Chama-se ‘Cafezal’ e vale muito a pena conhecer. Conheci duas das cinco lojas e tomei excelentes cafés, além de provar uns quitutes deliciosos.

A tarde/noite passamos caminhando com eles, passando pela Duomo (Catedral), pela sua praça, pela famosa e belíssima Galeria Vitório Emmanuele II e pelas ruas do centro. Lojas chiques, cafés, restaurantes, muita gente caminhando e muito aperol spritz nas mesas dos bares ou na mão dos turistas que, não sem razão, associam esse drink a Milão. Na hora que deu fome, nos dirigimos ao bairro Brera. Brera é lindo, e Felipe o definiu como o bairro mais italiano de Milão. Gostei da definição. A arquitetura, as lojinhas, o senso estético que sempre encanta na Itália, os restaurantes com mesas na calçada… realmente Brera é muito italiano.

Comemos um belo carbonara com vinho da casa no “Volemose Bene”, restaurante de comida romana.

Sábado foi dia cheio. Comecei muito bem, visitando o Cenacolo Vinciano. Deixa eu contar que, em 2016, estive em Milão e um certo dia saí do meu hotel feliz da vida, porque iria ver a Santa Ceia, uma das icônicas obras de Leonardo da Vinci, por quem sempre me interessei muito. Ledo engano, cheguei e me deparei com a realidade: ingresso, apenas online e comprado com meses de antecedência. Frustração das grandes.

Desta vez, entrei no site durante algumas semanas, algumas vezes por dia, e consegui comprar um, apenas um ingresso. Custou 15 euros, e lamento por Ana ter ficado de fora dessa. Bom, finalmente conheci o mural, pintado de 1494 a 1498, onde o artista tenta retratar o que se passou no instante seguinte ao anúncio de Jesus: “em verdade vos digo que, nesta noite, um de vocês me trairá”. Ali vemos a expressão serena de Jesus e os doze apóstolos, ao redor da mesa, em distintas posições corporais e olhares, demonstrando seus sentimentos e emoções diante do anúncio feito.

Cinco anos… que portal o artista terá aberto para pintar essa cena? Terá visto a imagem, plasmada em alguma dimensão do cosmo? Ou apenas imaginado? Ou algum anjo ou duende a ditou para ele? Bom, esse foi parte dos pensamentos que me ocorreram nos 15 minutos que o ingresso nos permite ficar diante do quadro.

Cumprido o desejo postergado por nove anos, Ana e eu fomos até a Cafezal Margenta, tomar um café da manhã delicioso acompanhado da Carolina e do Felipe. Passamos muito bem, conversando entre nós e com os simpáticos baristas Rafael e Gustavo. 

Torre do Castelo Sforzesco

Depois, o programa foi caminhar. Fizemos um trajeto clássico de Milão: Caminhamos da Praça do Arco até a Duomo. Passamos pelo Parque Sempione, até chegar ao Castelo Sforzesco, uma belíssima construção do século XV, uma das visitas obrigatórias para quem vem passear por aqui. Depois do Castelo seguimos pela bela Via Dante. Alias, quem passar por ali não pode deixar de entrar no Starbucks na antiga sede do correio. Eu sei, Starbucks não é o melhor café e o que servem para comer costuma ser mais bonito do que gostoso. Mas o visual dessa loja é simplesmente impressionante. Uma espaço que, ao mesmo tempo que expressa o culto ao café, essa planta tão especial, mostra algo dos esforços feitos para que ele chegue às nossas xícaras. Tudo isso com um senso estético apuradíssimo. Lugar para não perder. Terminamos tomando um sorvete pertinho da Duomo, na Venchi!

No fim do dia, outro daqueles programas que vale muito, eu diria também imperdível: o bar “Camparino”. Milão e Campari, não apenas a bebida, mas a empresa, são quase indissociáveis. Camparino é o bar da Campari em Milão. Onde fica? Ora, na Galeria Vitório Emmanuelle II, ao lado da

Praça, com vista para a Duomo. Helena, minha filha, que trabalha na Campari no Mexico, reservou a mesa e pediu uma atenção especial… além dos 4 drinks que pedimos, nos serviram um drink cortesia de entrada e outro para terminar. As comidinhas que acompanham são deliciosas. Recomendo muito um happy Hour neste lugar. No final, até chaveirinho nos deram. Adoramos a forma como fomos tratado e os drinks são deliciosos. Não à toa está colocado sempre entre os 50 melhores bares do mundo. Depois do Camparino ainda teve tempo, e disposição, para uma pizza. Fomos na pizzaria “Da Zero”. Muito boa!

Lago como, desde Varenna!

Hoje, domingo, fomos conhecer o Lago Como. Pegamos o trem na estação central em direção a Varenna. Custou €7,80 por cabeça. Uma hora depois, chegamos. Cidade bunitinha, à beira do lago. Não fizemos nenhum passeio de barco, muito comum, nem pegamos o ferry em direção à Bellagio, o que permite navegar sobre as cristalinas aguas e conhecer outra das cidades que compõe essa bela paisagem. O que fizemos foi caminhar à beira do lago, apreciar a paisagem e tirar algumas fotos. Os restaurantes estavam lotados, descobri que não fomos os únicos a ter a ideia de, em um domingo de sol, passear na beira do lago! Solução? Compramos dois sanduíches, uma cerveja e um espumante, e comemos na praça. Bem bom! E barato.

Regressamos a Milão, reencontramos nossa turma e, ao entardecer, fomos a outro lugar especial, que é o que não falta nesta cidade: uma enoteca natural, perto do bairro Navigli, outro ponto que vale a pena conhecer. A onda de vinhos naturais vem crescendo por todo o mundo, e adorei quando o Gustavo sugeriu esse lugar. Ambiente descolado, agradável, atendimento simpático e boas dicas de vinho. Passamos (Ana, Carol, Felipe, Gustavo, Rafael e Humberto e eu) um fim de tarde, que nesta época, por aqui, leva horas, muito agradável.

Isso é o que tenho para falar sobre nossos três dias em Milão. Teve mais… mas aqui não cabe tudo!

Amanhã, segunda-feira, vamos, de trem, para Veneza. Será que terei o que contar de lá?

Ana e a Duomo

Carol, ana, Felioe e Eu na Cafezal!



Cena urbana de Milão

Nõs na Camparino!

Em frente à Cafezal!

Meu drink na Camparino: Campari!



3 comentários:

  1. Que maneiro Lalá! Curti muito a Itália e estes momentos são show!!

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  2. Mas que beleza Laércio! Degustei cada instante tão gostosamente narrado. E, de quebra, ganhei um rico roteiro para inspirar o meu... abraços ❤️

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  3. Excelente lembranças. Saudades...

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